Ate 1997 o Cinto de Segurança não era obrigatório.
Me habilitei em 1995 (sim, sou idoso 😂), na época as auto-escolas obrigavam os alunos a usar (ainda eram os de 2 pontos) e portanto eu comecei “do jeito certo”.
Eram anos bem diferentes. Não havia “lei-seca” e diversas outras ações que permitiram reduzir acidentes ao longo dos anos.
Acidentes fatais eram comuns, infelizmente, na época.
Mas por sorte o cinto de segurança foi algo que sempre usei.
O ano era 2000. Vendi meu Gol “Bola” preparado por um carro mais “normalzinho”, e
em dezembro de 2000 tirei uma Saveiro G3 1.8 0km.
Escolhi cor, acessórios, etc. Do Gol só vieram as rodas do GTI 16v cromadas.
E com 30 dias depois, e apenas 2000km, o resultado foi esse das fotos.
Um ônibus me fechou, e para não bater em outro veículo foi bater na minha lateral e me fez perder o controle e bater em cheio em um poste.
Eu desmaiei com o impacto. Quando acordei, o carro estava rodeado de gente, passageiros do ônibus. Ouvia sussurros “ele está morto, olha como está o carro”.
Felizmente não estava. Mas nem eu acreditava.
Pedi ajuda pelo Nextel (na época era o meio de comunicação “corporativo” mais comum) e um colega da empresa que trabalhava chegou ali em minutos; o acidente foi na avenida em frente.
Eu não tinha coragem de sair do carro, minhas pernas estavam dormentes e meu medo era que algo mais “grave” tivesse acontecido.
Ele chegou, literalmente dobrou a porta, e me tirou de dentro do carro. Não haviam chamado ambulância (sei lá porque). Quando vi o carro e o poste, não acreditei.
Literalmente nasci de novo.
Liguei pro meu pai que rapidamente chegou e ficou por la comigo esperando o guincho.
As 4 rodas travaram, o carro foi arrastado pra cima.
Alguns dias depois a Seguradora me avisava que o carro havia dado “Perda Total”, com apenas 30 dias de uso (por sorte eu sempre tive seguro em meus carros)
Fora a marca do cinto de segurança por uns 15 dias, nenhum outro problema físico. O psicológico ficou abalado por um tempo, mas depois virou história para contar.
Use cinto, isso salva vidas.