Qualquer compra e venda partem de princípio essencial: confiança.
Quando você vai numa loja qualquer, pessoalmente, não precisa se preocupar tanto com isso, pois caso o produto que comprou esteja ruim ou queira devolver, a loja estará lá amanhã. E você vê e testa o produto na hora.
A partir do momento que você elimina este contato visual, a questão confiança já era.
E então você precisa substituir isso por alguma outra coisa.
Então, no passado, surgiram os e-Commerces.
Muita gente desconfiava, não acreditava e acabava deixando isso para lá.
Mercado Livre foi um dos primeiros. Com uma proposta arrojada para a época, de leilões virtuais. Hoje isso nem existe mais, agora as vendas são diretas sem modalidade de leilão.
Americanas.com, MagazineLuiza, FastShop e diversos outros magazines entraram na onda e hoje representam uma parcela expressiva de todas as compras feitas pelo pais.
Mas com tudo isso, vieram também, os golpistas.
E eles se reinventam, dia após dia, de acordo com as novas ferramentas de compras.
E tem todo tipo de golpe: desde o clássico de enviar um tijolo no lugar, até os eletrônicos propriamente ditos, e estes estão em um crescimento exponencial em função da pandemia.
O hábito das pessoas mudou. E com isso, uma janela de oportunidades de abriu para os bandidos virtuais.
Diariamante nos deparamos com os mais variados (e criativos) golpes.
Pesquisa realizada pela Refinaria de Dados, empresa especializada na coleta e análise de informações digitais, mostra que no período entre 20 de março e 18 de maio a busca por informações pessoais e bancárias de brasileiros na chamada dark web cresceu 108%. “Esse cenário é uma caixa de oportunidades para os criminosos”, disse Sam Espinosa, executivo da empresa de segurança Next Caller, em entrevista para o The New York Times. Segundo ele, o desemprego faz com que as pessoas baixem a guarda e se tornem mais vulneráveis a esses criminosos.
Cerca de 37% dos entrevistados em um estudo realizado pela Nex Caller disseram acreditar que foram alvo de fraudes e golpes relacionados ao coronavírus. No levantamento, divulgado no começo de maio, 44% dos entrevistados também afirmaram que se sentiam mais vulneráveis à fraude durante o período de home office.
Até as coisas mais simples, como comprar álcool gel para as mãos, parecem difíceis agora. Muitos de nós procuram soluções ansiosamente na web. Os criminosos se aproveitam disso para criar sites falsos, assim como do aumento das vendas online. Sites fraudulentos costumam simular endereços eletrônicos governamentais legítimos que contêm informações sobre a covid-19.
Em abril, por exemplo, links falsos sobre auxílio emergêncial foram enviados para mais de 6,7 milhões de brasileiros, segundo dados do DFNDR Lab, laboratório da startup de segurança digital da PSafe.
Também é comum encontrar sites falsos de lojas que fingem vender máscaras faciais e material de limpeza, mas existem apenas para coletar as informações do cartão de crédito dos usuários.
Veja algumas dicas para se proteger de sites fraudulentos:
Verifique a URL. A aparência de um site falso pode ser idêntica a de um site governamental ou bancário, mas a URL certamente será diferente. Clique na barra de endereços do seu navegador de internet e fique atento a domínios que terminem em “com.co”, “.ma” ou “.co”, em vez de domínios legítimos, como “.com”, “.org” ou “.gov”.
Instale um bloqueador de anúncios. Para impedir que seu navegador exiba anúncios fraudulentos, você pode baixar uma extensão de bloqueio.
Chamados de “robocallers”, esses golpes consistem em realizar ligações para obter seus dados. Na maioria das vezes, os criminosos “falsificam” números de telefone, fazendo com que você pense estar recebendo ligações de bancos e agências governamentais.
Em casos extremos, dois golpistas trabalham juntos. Um fica no telefone com o seu banco enquanto o outro está falando com você, pedindo informações pessoais para que eles possam imediatamente enganar o funcionário do banco e conseguir acesso à sua conta.
Veja como se prevenir:
Desligue o telefone e ligue de volta. Se, por exemplo, seu banco ligar com um alerta de fraude, desligue e ligue para o número de atendimento ao cliente do seu cartão de crédito e pergunte se algum funcionário realmente telefonou para você.
Remova as empresas da sua agenda de contatos. Digamos que você tenha o número de suporte de um banco salvo na agenda telefônica do seu celular. Se um criminoso simular estar ligando desse número para você, seu smartphone irá mostrar que a chamada recebida é dessa instituição, passando uma falsa sensação de genuinidade. É melhor excluir esses contatos, para que os golpistas não te peguem desprevenido.
O phishing, forma de roubo na qual um criminoso finge ser alguém para solicitar suas informações pessoais, é um dos golpes mais antigos da internet. Mas isso só acontece ainda porque funciona.
Os fraudadores se adaptaram ao noticiário em constante mudança da pandemia. Em e-mails e textos, eles usaram vários disfarces, fingindo ser a Organização Mundial de Saúde, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, a Receita Federal e muito mais, de acordo com a empresa de cibersegurança ADT em entrevista ao The New York Times.
Os e-mails e textos enviados por esses criminosos fingem ter informações sobre o vírus ou sobre como as pessoas podem obter assistência financeira. Mas essas mensagens frequentemente contêm links para sites que solicitam informações pessoais ou baixam arquivos maliciosos em seus dispositivos.
Como se proteger:
Verifique o remetente. Semelhante aos sites falsos, os endereços de e-mail fraudulentos parecem legítimos, mas geralmente possuem um ou dois caracteres diferentes. Da mesma forma, as mensagens de texto fraudulentas tendem a vir de números genéricos.
Na maioria dos programas de e-mail, você pode passar o cursor do mouse sobre um link e ver uma prévia da URL que será aberta. Mas atenção: não clique no link. Se ele parecer suspeito, marque-o como spam e o exclua.
Na pandemia, milhões de profissionais adotaram o home office. Isso significa que os ataques que eram destinados às nossas empresas estão agora direcionados a nós. Os hackers que tentam roubar informações de uma companhia podem atacar nossas contas pessoais de e-mail ou redes domésticas, diz Ron Culler, diretor de Tecnologia e Soluções de Segurança para a ADT.
Seguir algumas práticas recomendadas pode proteger nossos dados e os de nossos empregadores:
Verifique a segurança da sua rede. Como os sistemas operacionais de computadores, os roteadores Wi-Fi precisam de atualizações de segurança. Verifique o manual de instruções do seu aparelho para confirmar se está executando a versão mais recente. Se o seu roteador tiver mais de sete anos de idade, provavelmente não receberá mais atualizações de segurança. Portanto, é melhor comprar um novo. Também verifique se o seu aparelho tem uma senha forte.
Mantenha o material de trabalho separado do material pessoal. Ao trabalhar em casa, os funcionários podem ficar tentados a usar suas próprias ferramentas, como computadores, endereços de e-mail pessoais e aplicativos de mensagens. No entanto, seus equipamentos e aplicativos provavelmente não foram configurados para proteger a segurança de rede da sua empresa.
É melhor trabalhar com equipamentos, contas da internet e software fornecidos pela sua empregadora. Se você não possui algum aparelho necessário para o trabalho, faça uma solicitação ao departamento de TI de sua empresa.
Golpe do produto que não existe
Os criminosos pesquisam nos principais MarketPlaces existentes (Mercado Livre, OLX, Facebook) pessoas que estão buscando itens para compra. Então o golpista contata esta pessoa, diz que tem tal produto, cria anuncios falsos com fotos da própria rede (isso quando não cria diversos perfis falso de Instagram, Facebook e outras redes sociais) para que a vitima se sinta segura em negociar. Oferece preços mais baixos que o mercado e facilidades para que a pessoa decida pela emoção e não pela razão. Diz que parcela no boleto (outro indício FORTE de golpe, ainda mais em se tratando de eletrônicos com preço taxado em dólar) e que dá frete grátis. Inventa mil desculpas para não entregar o produto pessoalmente (a mais atual é a própria Pandemia) e então envia um link/boleto de pagamento por WhatsApp mesmo, para que a pessoa pague e envie o comprovante. Utiliza destas plataformas gratuitas que são relativamente fáceis de abrir contas (MercadoPago é uma das mais usadas) e diz que a pessoa pode ficar tranquila, afinal é garantido pelo Mercado Pago. Mentira do golpista, pois as operações só são garantidas se forem feitas dentro da plataforma. Se a pessoa recebe o link do pagamento por Whatsapp e efetua o pagamento no seu proprio banco, já era. Assim que o golpista identifica o pagamento, bloqueia a vitima em todas as redes sociais e parte para a próxima.
Desconfie de preços mais baixos do que a média do mercado e vendas feitas fora de plataformas de compras. Desconfie de quem oferece muitas facilidade com nenhuma segurança. Na dúvida, não compre.
Golpe da venda que não existe
Os criminosos pesquisam nos principais MarketPlaces existentes (Mercado Livre, OLX, Facebook) pessoas que estão realizando anuncios de itens para venda. Então o golpista entra em contato com a pessoa, diz que tem interesse no “item” – sim, isto é um indício de golpe, chamar o produto de item e não pelo nome – e então começa a ganhar a confiança da vitima. Então ele dissimula, pede o e-mail da pessoa para trocarem mais fotos do item e a partir dai ele simula uma compra na ferramenta. A mais comum é o Mercado Livre. Eles possuem templates idênticos aos originais e enviar um e-mail como se o próprio Mercado Livre o tivesse enviado. A vítima acredita sem conferir a plataforma ou o remetente (normalmente vem de uma conta de e-mail generica e não do mercadolivre.com.br, por exemplo) e envia o produto. Quando percebe já é tarde demais.
Desconfie de de pessoas que te chamam para negociar pedindo e-mails ou informações adicionais desnecessárias. Chamar seu Macbook de “produto” também é um forte indicio de golpe. Na duvida, acesse sua conta na ferramenta e confirme se de fato o pagamento foi feito e se não caiu ainda, NUNCA envie antes de ter esta confirmação.
Golpe do falso boleto
Os criminosos descobrem, por meio de algumas pesquisas realizadas na internet, informações sobre as pessoas e enviam falsos boletos por e-mail, como por exemplo: boleto de igreja, de plano de internet, mensalidades diversas. A vítima acredita que está pagando um boleto verdadeiro, mas no código de barras constam informações que direcionam o valor para a conta dos golpistas.
Desconfie de boletos relativos a compras não realizadas. No momento de pagar um boleto, confira se o banco que aparece na tela de pagamento é o mesmo que está no boleto, confira o valor, a data de vencimento, o nome do beneficiado e demais dados.
Golpe do falso leilão
Os falsos sites de leilão, geralmente, são hospedados fora do Brasil e, na maioria das vezes, não terminam em “.com.br”. As vítimas conhecem os sites de leilões fraudulentos por meio do Google e de divulgações em redes sociais. Os interessados se cadastram enviando cópias de documentos pessoais por e-mail ou WhatsApp e recebem ligações de confirmação do cadastro, com liberação para acompanhar o falso leilão on-line e ofertar lances, que costumam ser únicos. Posteriormente, as vítimas recebem uma carta de arrematação, na qual constam os dados para depósitos e transferências bancárias em nomes de pessoas físicas (laranjas). A vítima faz o pagamento do bem e envia o comprovante. Após o recebimento dos comprovantes, os golpistas bloqueiam as vítimas no WhatsApp e passam a não atender as ligações. Algumas páginas fraudulentas usam cópia do layout do site do Detran-MG.
Como agir:
Não envie informações pessoais por meio de canais que não sejam oficiais. Desconfie de sites que ofereçam bens com valores muito abaixo do preço de mercado.
Golpe do falso namorado
Os golpistas procuram vítimas em sites de relacionamento. Após abordarem a vítima em salas de bate papo ou por meio de outra forma de comunicação virtual, demonstram interesse amoroso e, posteriormente, passam a se comunicar por aplicativo de mensagens. A partir do momento em que a vítima acredita que está namorando, o criminoso afirma ser portador de alguma doença e a convence de que precisa de ajuda financeira para o tratamento. A vítima, homem ou mulher, envolvida emocionalmente, doa dinheiro. Há casos em que o golpista se passa por namorado(a) estrangeir(o)a, ilude e afirma que está enviando um presente. Um outro criminoso se passa por funcionário de empresas especializadas em transportes de mercadorias em outro país e solicita transferência de alta quantia em dinheiro para uma conta bancária, alegando que o presente ficou preso na alfândega. O pedido, somado à pressão sentimental, faz com que a vítima transfira o dinheiro. O namorado (a) desaparece.
Como agir
Tente encontrar o namorado (a) que conheceu pela internet pessoalmente e tenha certeza de que ele existe. O encontro deve ser em local público e jamais transfira dinheiro para namorados (as) virtuais.
Golpes do falso site de compras
Golpistas criam sites falsos de venda de mercadoria, copiando o layout dos sites conhecidos para enganar a vítima. Usam endereços de empresas famosas, alterando o final do endereço eletrônico. Atuam durante o ano todo e agem de forma mais intensa durante a Black Friday.
Como agir
Observe com cuidado o endereço eletrônico do site. Pesquise a reputação da empresa. Desconfie de objetos que estejam à venda por preço muito abaixo daquele praticado no mercado.
Golpe do whatsapp clonado
Golpistas têm acesso aos anúncios e ao número de telefone dos anunciantes, por meio de sites de compra e venda. Esses golpistas se passam por funcionários dos sites e solicitam um código para ativar o anúncio à vítima que expôs um produto. Trata-se do código de verificação do WhatsApp. A vítima perde o acesso ao seu aplicativo após digitar o código, pois os criminosos ativam a conta do WhatsApp de determinada pessoa em outro aparelho celular. Por meio dessa ativação, os golpistas recuperam as conversas do histórico, passam a acessar os contatos e cometem crime de estelionato, solicitando dinheiro aos parentes e amigos da vítima em nome dela.
Habilite a “confirmação em duas etapas” – no WhatsApp, clique em “Configurações/Ajustes”, depois clique em “Conta” e depois em “confirmação em duas etapas”. Jamais envie, para qualquer pessoa, o código de 6 números. Caso já tenha sido vítima desse golpe, envie e-mail para support@whatsapp.com, solicitando a desativação temporária de sua conta do WhatsApp.
CRIMES PRESENCIAIS
Golpe da carta de crédito contemplada em consórcio
Golpistas, usando propagandas em jornais, rádios, TVs, sites ou redes sociais, prometem a liberação de carta de crédito contemplada para a compra de determinado bem, mediante o pagamento da entrada. O consumidor acredita, mesmo sem ter recebido, sequer, as informações básicas como: o nome do titular da cota ou da administradora de consórcios responsável. O contrato é assinado e o pagamento é realizado. A vítima é orientada a aguardar até 90 dias para que a carta de crédito seja transferida. Passado esse tempo a transferência, obviamente, não acontece. A vítima não consegue contato por meio dos telefones fornecidos e, ao comparecer na “empresa revendedora”, o cliente se depara com portas fechadas.
Como agir:
Conferir no site do Banco Central se a instituição que administra o sistema é autorizada, pois somente o participante do grupo de consórcio pode repassar a titularidade para outra pessoa. Mesmo que haja a intermediação de uma empresa, o titular precisa ser devidamente identificado e reconhecido pela administradora. A administradora pode exigir uma série de documentos para avaliar se aprova ou não a transferência de titularidade. Não pague nada a ninguém antes de ter o cadastro aprovado. Exija que o contrato seja assinado na sede da administradora do consórcio. O vendedor ou a empresa representante deve entregar os recibos das parcelas quitadas. Antes de assinar o contrato, solicite à administradora uma cópia da ata da assembleia em que consta o registro da cota contemplada. Não acredite em venda de cotas contempladas. Não acredite em entrega posterior da carta de crédito. Não acredite em entrega posterior do bem (veículo, imóvel, dentre outros). Tais promessas são fortes indícios de golpe.
Golpe da troca do cartão
O golpista observa a vítima em uma agência bancária e a aborda ao sair, informando que houve um erro na transação, solicitando o cartão bancário. Geralmente o criminoso está bem vestido, com camiseta com símbolo do banco ou crachá falsificado. Quando a vítima entrega o cartão, o criminoso rapidamente faz a troca, informando que não há problema algum e vai embora. A vítima só percebe o golpe quando precisa usar o cartão novamente e descobre que está com o cartão de outra pessoa. Nesse momento já foram realizados saques, transferências e compras.
Como evitar:
Fique sempre atento ao seu cartão e confira-o na devolução. Veja se a senha está sendo digitada na tela correta. Nunca repasse a senha para terceiros.
Golpe do bilhete premiado
A vítima é abordada por um homem que finge estar procurando por loja ou casa lotérica. Uma outra pessoa aparece e diz para os dois que possui algum tipo de bilhete premiado, mas que não pode receber todo o prêmio, pois sua religião não permite e alega precisar de duas testemunhas para conseguir o prêmio. O suposto ganhador exige uma certa quantia em dinheiro como forma de demonstração de boa-fé das testemunhas. O homem que fingia estar procurando por loja ou casa lotérica é na verdade comparsa do suposto ganhador do prêmio. Esse homem se mostra convencido e entrega o dinheiro ao ganhador. Acreditando na história, a pessoa abordada vai ao banco e saca o dinheiro e o entrega ao golpista. Com o dinheiro na mão, o suposto ganhador do bilhete premiado usa uma desculpa e desaparece. Geralmente a situação ocorre próximo de uma agência bancária e o golpista está bem vestido, tem uma “boa conversa” e um bom carro.
Como agir:
Fale que não está interessado e saia de perto. Se encontrar uma viatura
A vítima recebe uma ligação telefônica do golpista que se passa por um funcionário de estabelecimento bancário. Ele informa que o cartão da vítima foi clonado e que deve ser bloqueado. O falso funcionário solicita dados da vítima, inclusive a senha, e recomenda que o cartão seja cortado ao meio. Em seguida, o golpista diz que um motoboy vai até o endereço para recolher o cartão para analisar possíveis compras irregulares. O detalhe é que ao cortar o cartão ao meio, o chip não é danificado. Então, com senha e chip disponíveis, os golpistas realizam compras em estabelecimentos diversos.O período da pandemia contribuiu para o aumento desse tipo de golpe, já que as pessoas estão evitando sair de casa.
Como agir:
Desligue o telefone e consulte seu gerente sobre alguma irregularidade. Nenhum banco pede o cartão de volta ou oferece para buscá-lo em casa. Quando precisar destruir seu cartão, corte em várias partes e não deixe o chip inteiro.
Golpe dos falsos agentes de saúde
Os golpistas, trajando uniformes e crachás falsos, chegam às casas e alegam que estão testando toda a população para detectar a Covid-19 para, assim, tentar acessar os imóveis. Em outro golpe, os cidadãos recebem ligações de suspeitos que se identificam como agentes da prefeitura e solicitam dados pessoais para serem usados de forma fraudulenta.
Como agir:
Não permita que estranhos entrem em sua casa e não forneça seus dados pessoais por telefone. As secretarias de saúde estaduais e municipais não estão enviando agentes de saúde às residências para fazer o teste.
Golpe dos falsos fiscais
O criminoso busca por proprietários de estabelecimentos comerciais, faz contato por telefone, se passa por Fiscal da Receita e informa que o lote de determinada mercadoria foi apreendida e irá a leilão. Durante a conversa, o golpista conta ao comerciante que o lote está disponível para a venda, fora do leilão, e pode ser negociado por valor bem abaixo do mercado. Diante do interesse da vítima, o criminoso marca um encontro em uma repartição pública, onde firmam acordo quanto ao valor da mercadoria. Os golpistas levam a vítima até um mercado e apresentam uma ilha de bebidas, energéticos, pneus e etc., explicando que aquele estabelecimento é parceiro da Receita Federal ou Estadual. Um comparsa se apresenta como gerente e confirma a história. A vítima acredita e entrega o dinheiro aos criminosos que vão embora em seguida. O comerciante que foi vítima só percebe que caiu em um golpe quando chega com o caminhão fretado para levar o lote da mercadoria.
Como agir
Desconfie de propostas de bens confiscados pela Receita. Fiscais da Receita Federal e Estadual não adotam procedimentos informais e não são autorizados a negociar produtos apreendidos.
CRIMES POR TELEFONE
Golpe do cartão clonado
O criminoso faz contato por telefone com a vítima e questiona se ela emprestou o cartão para alguém em outra cidade. A partir da resposta negativa, o bandido solicita que ela desligue o telefone e ligue para o número de 0800 escrito no verso do cartão. Mas o golpista não desliga o telefone e continua segurando a ligação. A vítima digita o número e ouve uma gravação produzida pelo criminoso. O áudio simula se tratar de uma instituição bancária. Assim, a vítima fornece os dados pessoais. O estelionatário afirma que um policial ou funcionário do banco recolherá o cartão que a vítima acreditou estar clonado. Com o cartão em mãos e todas as informações da vítima, os criminosos fazem saques, transferências bancárias e compras.
Como agir
Ao receber ligação de qualquer instituição dizendo que seu cartão foi clonado, entre em contato com seu gerente .
Golpe do falso sequestro
A vítima atende o telefone e o golpista grita, de longe, se passando por uma pessoa “sequestrada”. A pessoa que atendeu se desespera e fala o nome de um filho sem perceber que forneceu um nome e que não há sequestro algum. O golpista mantém a vítima na linha e passa a exigir pagamento para liberar o familiar.
Como agir
Desligue o telefone e faça contato com o familiar supostamente sequestrado, confirmando se está tudo bem, ou continue na ligação e escreva em um papel o que está acontecendo e entregue a alguém próximo para que faça contato com a pessoa supostamente sequestrada.
Golpe do intermediador de vendas
O golpista procura por anúncios em sites de vendas coletivas e faz contato com a pessoa que anunciou determinado bem, geralmente, um veículo. O criminoso afirma interesse em comprar o bem anunciado e solicita que o anúncio seja retirado do site. O objetivo do golpista é criar um anúncio com as mesmas fotos que, naquela ocasião, já foram copiadas e divulgar com valor bem abaixo do anunciado anteriormente. Para convencer o vendedor (vítima) a remover o anúncio, o golpista afirma que aquele objeto é para quitar dívida que possui com uma terceira pessoa, solicitando que não informe a esse terceiro (segunda vítima) que há alguém interessado na aquisição. Em troca, oferece um percentual da negociação “secreta”. A segunda vítima, interessada em comprar o veículo, é orientada a se manter em silêncio, pois também lhe é prometido desconto. O golpista fornece contas bancárias diferentes da conta da pessoa que colocou o objeto à venda. A partir do momento em que a transferência foi realizada, o golpista orienta as partes a irem até um cartório e preencherem o recibo do veículo para dar mais veracidade ao golpe. Quando as vítimas percebem, o recibo já foi preenchido e todo o dinheiro da negociação foi parar na conta bancária do criminoso.
Como agir
Não aceite intermediação; mantenha o máximo de diálogo direto entre vendedor e comprador e solucione todas as dúvidas. Faça o depósito na conta corrente do anunciante e não de terceiros ou intermediadores. Jamais mantenha silêncio quando o assunto é negociação.
Golpe do familiar internado
O criminoso busca por pessoas que tenham familiares internados em hospitais, faz contato por telefone, informando que o plano de saúde não cobrirá, na totalidade, o atendimento. Informa ainda que é necessário um depósito caução para garantia do serviço.
Como agir
Entre em contato com a equipe do hospital ou plano de saúde para esclarecer qualquer dúvida. Não realize nenhum depósito em conta de terceiros. Esse golpe aumentou durante a pandemia da Covid-19.
Golpe do familiar que quebrou o carro
O golpista liga e diz: “Oi, tio, meu carro quebrou, preciso de ajuda”. Na maioria das vezes, a vítima pergunta se quem fala é algum sobrinho ou outro familiar e o criminoso confirma. Se a vítima não se recorda da voz, o criminoso questiona se o “tio” teria se esquecido do “sobrinho”. O “tio” (vítima), constrangido, acaba se sujeitando às solicitações. O golpista solicita transferências bancárias ou recargas de celular.
Como agir
Acalme-se, desligue o telefone e entre em contato com o familiar que você acredita ter pedido ajuda para confirmar o ocorrido.
Este texto foi produzido com trechos de matérias de varias fontes, como esta e esta.