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Pare, pense, siga (sua vida)

Há alguns anos, eu perdi uma amizade incrível por ser idiota o bastante para defender ideologia política com uma pessoa que, desde sempre, eu sabia pensar o oposto de mim (em termos de política). Fomos ao extremo da situação e cortamos contato. Me arrependo, hoje, de ter feito isso.

Ano passado eu comecei a seguir diversas páginas de Facebook com assuntos que me agradavam, envolvendo Tecnologia, Carros, Automação Residencial, enfim, coisas que eu gosto.

E de repente me vi em diversos debates desnecessários, sem sentido, por conta de opiniões adversas e ódio gratuito.

Isso sempre esteve presente na sociedade, mas nos últimos dois anos está cada dia mais latente. O extremismo ideológico/político tem feito pessoas cultas e inteligentes transformarem-se em máquinas de ofensas e xingamentos.

Eu nunca tive nenhum boleto meu pago por algum político/partido que eu tenha votado. E garanto que 99,999% das pessoas que defendem “com unhas e dentes” este ou aquele, também não o tiveram, criando assim um “fanatismo” que é algo muito prejudicial para qualquer tipo de discussão.

O fanatismo nada mais é do que uma “adesão cega a um sistema ou doutrina”, onde o fanático passa por cima de qualquer bom senso ou razão para defender seu “ponto-de-vista”.

O país hoje está dividido. Mais do que sempre esteve. E o fato de eu ter votado no candidato A por saber que o Candidato B pertencia a uma facção criminosa deflagrada, me coloca hoje numa situação delicada, pois eu, sem opção, ajudei a escolher um dos mais ineficazes presidentes que este país já teve. Mas meu texto não é sobre isso.

Eu já escrevi por aqui sobre “discurso e ódio” e “exposição de redes sociais” antes.

Não foram textos meus, mas esclarecem um pouco porque devemos, sempre, levar em consideração que do outro lado pode estar um possível “novo empregador”, ou alguma “oportunidade de negócio”, que ao ler o que você acaba de escrever, fecha as portas.

Não serei hipócrita de dizer que eu não faço isso… claro que faço! Mas tenho tentado fazer isso de forma “culposa” – quando não há intenção de fazer, apenas para quando me sinto acuado, para me defender.

Dai, quando 2021 começou, minha primeira ação nas redes sociais foi sair de todas as páginas que, em algum dia, eu discuti com alguém. Sem apagar o que já foi dito, mas também sem continuar a ver qualquer tipo de situação em que eu discorde e me sinta na obrigação de “opinar”. Também “silenciei” algumas pessoas que são extremistas ao ponto de me causar incômodo com o que escrevem ou defendem – então apenas deixei de ver, e segui minha vida.

Não, não somos obrigados a opinar sobre algo que não concordamos. Podemos, mas não é uma regra. Dá para ler algo que você não concorda e simplesmente seguir sua vida. E isso é libertador.

O que eu quero dizer é que existem formas e formas de expressar sua opinião. E talvez a única que não dê dupla interpretação é no “tête-à-tête”, pessoalmente, mas isso, por conta do período de “reclusão” que o mundo vive, está fora de cogitação. Então só nos resta a escrita, que pode ser interpretada de formas distintas. E (se não for editada) ficará lá, perpetuando aquele momento em que você julgou que o melhor a se fazer era agir de forma adversa ao que você faria se estivesse frente a frente com esta mesma pessoa. Dito isto, vou continuar na minha incansável busca por equilíbrio e tentar abstrair situações que não me agradam.

Compatilhe!
Rodrigo Afonso
Rodrigo Afonso
Sim, eu que mando na bagaça aqui.

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